Extraído da obra: Ele escolheu os cravos, de Max Lucado.
Você já pensou alguma vez porque Deus se dedica tanto? Nossa existência poderia ser insignificante. Ele poderia ter deixado o mundo sem forma e cinza e, nós nunca saberíamos notar a diferença. Mas não foi o que Ele fez. Ele, Deus, importou-se conosco! Ele jogou a cor laranja no nascer do sol e pintou o céu de azul. E se você gosta de ver o vôo dos gansos poderá observar isto também. Teve ele de fazer a bela cauda do esquilo? Foi Ele obrigado a fazer o canto dos pássaros? E a forma engraçada como as galinhas ciscam ou a majestade do trovão quando emite seu som? Por que dar cheiro à flor? Por que dar sabor aos alimentos? Seria porque Ele adora ver este olhar em seu rosto?Se nós damos presentes para demonstrar o nosso amor por alguém, quanto mais Ele? Deus gosta de nos presentear! Palavras de Jesus: “Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mt 7.11) Os dons que Deus nos dar é um “presente” e, o Seu amor demonstrado na cruz por nós, também, porém esses “presentes” não vieram embrulhados em papel de presente, mas em paixão! Não foram colocados ao redor de uma árvore de Natal, mas em uma cruz! Não foram cobertos por laços e enfeites, mas borrifados de sangue! Estes são os dons da cruz.Mas e quanto aos outros dons? Os cravos, a coroa de espinhos? As vestes tomadas pelos soldados, as vestes usadas no enterro?… Nós já separamos algum tempo para abrirmos esses “presentes”? Deus não foi obrigado a nos presentear com esses “presentes”. A única atitude de fato requerida para a nossa salvação foi o Seu sangue derramado. Ainda sim, Ele fez muito mais! O que encontramos quando imaginamos a cena da cruz?Uma esponja embebida de vinagre; Um sinal; Duas cruzes ao lado de Cristo. Presentes divinos destinados a despertar aquele momento, aquela fração de segundo quando Seu semblante mudará, Seus olhos se abrirão e Deus o ouvirá sussurrar: – fizeste isto por mim? – “O diadema da dor que relatou seu rosto gentil, três pregos fincando a carne na madeira para segurá-Lo naquele lugar. Compreendo a necessidade de sangue. Seu sacrifício eu abraço. Mas a esponja amarga, a lança transpassando, o cuspe em Seu rosto? Tinha que ser uma cruz? Não havia uma morte mais amável do que seis horas pendurado entre a vida e a morte, tudo isto regado a um beijo e traição?–Oh, Pai – Nó dizemos com o coração tranqüilo,– Desculpe perguntar, mas preciso saber… Fizeste isto por mim?Ousaríamos fazer esta pequena oração? Ousaríamos dar vazão a tais pensamentos? Estaria o monte da crucificação cheio de “presentes” de Deus? Podemos examiná-los? Vamos, abra esses presentes da graça como se, ou talvez, quem sabe, pela primeira vez. E ao tocá-los – ao sentir a madeira da cruz e passar os dedos pela traça da coroa de espinhos – PARE E OUÇA! Provavelmente você O ouvirá sussurrar: “EU FIZ ISTO POR VOCÊ!”